Depois que me tornei mãe, meu tempo nunca mais foi o mesmo. A rotina virou um malabarismo constante, e logo percebi que a maternidade não é sobre controle ou perfeição, é sobre aprender a viver no caos, tentando manter o bem-estar de todos, inclusive o meu.
Foi nesse cenário que peguei um livro sobre conciliar carreira e maternidade. No início, parecia promissor. Mas, ainda nos agradecimentos, a autora citou sua equipe: nutricionista, babá, professora de yoga, fisioterapeuta, astrólogo, numeróloga… Um universo muito distante da minha realidade. Continuei a leitura? Não. Entendi que aquilo me traria mais frustração do que soluções.
Esse episódio me fez pensar: o que realmente vale a pena consumir?
Hoje vivemos cercados por conteúdos que, em vez de alimentar a mente, só a entopem. É o que chamo de obesidade mental, quando nos enchemos de informações rasas, repetitivas e pouco úteis, até ficarmos mentalmente exaustos, mas sempre com aquela sensação de querer consumir mais.
A internet abriu portas incríveis para o conhecimento, mas também criou um problema: nem sempre quem tem mais visibilidade é quem tem mais preparo. Muitas vezes, seguimos pessoas que dominam o algoritmo, mas não necessariamente o assunto. Isso pode nos levar por caminhos superficiais.
Foi um dos motivos que me afastaram das redes sociais. Mesmo conteúdos “bons” me deixavam cansada, ansiosa e menos presente. Sobretudo ao ver comentários de outras mães relatando estresse constante, isso só aumentava minha própria pressão interna.
Outro dia, li no Substack o relato de uma ex-influenciadora contando que muitas pessoas alugam carros e casas de luxo apenas para gravar vídeos e parecer bem-sucedidas e vender seus cursos. Esse tipo de encenação só reforçou minha escolha de buscar conhecimento em fontes mais sólidas, como livros, estudos e profissionais de verdade, mesmo que não sejam famosos.
Nem todo livro vale o tempo investido. Muitos são apenas autoajuda diluída, que não exige esforço mental nem provoca mudanças reais. Hoje, só escolho conteúdos que desafiem meu pensamento e me ajudem a construir algo novo.
Se você sente que está consumindo demais e absorvendo de menos, talvez seja hora de pausar.
Em vez de pular de vídeo em vídeo ou post em post, procure profundidade. Escolha poucos bons mentores, com valores próximos aos seus, e se aprofunde no que eles têm a ensinar. Não mais que três. E se pergunte: esse conteúdo me nutre ou me desgasta?
Definir objetivos claros para sua vida é o primeiro passo para filtrar o que vale a pena. Com o tempo, você vai perceber que a maioria dos conteúdos que prendem nossa atenção não trazem benefício real, e alguns ainda são sensacionalistas e deixam nossa mente em constante estado de alerta, sem necessidade.
Se você quer consumir menos, mas melhor, te convido a acompanhar meu blog. Aqui, escrevo com profundidade e consciência, para quem acredita que conhecimento de verdade não cabe em um Reels de 30 segundos.


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