Conteúdo gerado por funcionários: uma tendência promissora ou uma estratégia arriscada?

  1. Por que o EGC está ganhando espaço?
  2. Desafios do EGC
  3. O papel do Content Creator nas empresas
  4. Cuidados ao indicar um funcionário interno como criador de conteúdo
    1. Como evitar esses problemas?
  5. Como evitar o fracasso do EGC?
  6. Conclusão

Com o crescimento das redes sociais e o destaque do vídeo curto como formato dominante, muitas empresas estão buscando formas mais econômicas e autênticas de produzir conteúdo.

Uma das soluções que ganhou popularidade é o Conteúdo Gerado por Funcionários (EGC – Employee-Generated Content). Essa abordagem utiliza os próprios colaboradores para criar materiais que promovam a marca, especialmente em plataformas digitais.

Mas será que essa estratégia realmente funciona? Vamos explorar os prós e contras dessa tendência.

Por que o EGC está ganhando espaço?

  1. Economia de custos: utilizar funcionários como criadores de conteúdo reduz despesas com produção profissional e contratação de influenciadores ou talentos externos.
  2. Autenticidade percebida: conteúdo criado por funcionários pode parecer mais genuíno, aproximando o público da marca de maneira mais orgânica.
  3. Aumento da presença digital: ter mais criadores internos permite um fluxo constante de materiais, atendendo à demanda crescente por vídeos e conteúdo para redes sociais.

Desafios do EGC

Apesar dos benefícios, o EGC enfrenta desafios significativos:

  1. Falta de habilidades profissionais: nem todos os funcionários possuem carisma ou habilidade para criar conteúdo atraente. Produções amadoras podem prejudicar a percepção de qualidade da marca.
  2. Engajamento limitado: muitas vezes, o conteúdo gerado por funcionários não ressoa com o público-alvo, e mesmo quando engaja, pode não converter em resultados concretos para a empresa.
  3. Inconsistência na mensagem: garantir que todo o conteúdo produzido esteja alinhado com os valores e o tom da marca é um grande desafio.
  4. Saturação do mercado: com tantas marcas adotando estratégias similares, é fácil que o conteúdo se perca em meio à concorrência.

O papel do Content Creator nas empresas

Reconhecendo os desafios do EGC, muitas empresas estão investindo em uma solução intermediária: contratar um Content Creator.

Esse profissional é dedicado exclusivamente à criação de conteúdo, especialmente vídeos, para as redes sociais da marca.

O perfil do Content Creator geralmente combina:

  • Espontaneidade e carisma: habilidade para criar conteúdo autêntico e cativante.
  • Persuasão: capacidade de engajar o público e conduzi-lo a ações desejadas, como compras ou compartilhamentos.
  • Conhecimento de tendências digitais: aptidão para adaptar conteúdo a diferentes plataformas e formatos populares (as famosas trends).

Esse profissional atua como uma ponte entre a autenticidade do EGC e a qualidade que o público espera do conteúdo de uma marca.

Cuidados ao indicar um funcionário interno como criador de conteúdo

Embora pareça uma solução conveniente e econômica, designar um funcionário já estabelecido na empresa para assumir o papel de criador de conteúdo pode trazer riscos que devem ser considerados:

  1. Possível desvio de função: se o colaborador for originalmente de áreas como vendas ou administração, mesmo com consentimento, essa nova atribuição pode ser interpretada como um desvio de função. Isso pode gerar insatisfação ou até mesmo problemas legais no futuro, especialmente em situações delicadas.
  2. Desconforto ou desmotivação: mesmo que o colaborador seja da equipe de marketing ou relações públicas, se ele sempre atuou em outras funções, pode se sentir desconfortável ou pressionado a assumir um papel que não combina com suas habilidades ou interesses. Isso pode resultar em pedidos de demissão ou na realização das atividades sem motivação, prejudicando o desempenho e o clima organizacional.
  3. Impacto no desempenho geral: Funcionários desviados de suas funções principais podem ter dificuldades em atender às expectativas tanto no papel original quanto como criadores de conteúdo. Isso pode impactar negativamente a produtividade e os resultados gerais da empresa.

Como evitar esses problemas?

  • Avaliação cuidadosa: antes de designar um funcionário interno, avalie se ele possui o perfil adequado e a vontade genuína de atuar como criador de conteúdo.
  • Diálogo aberto: converse com o colaborador para entender seus interesses e garantir que ele se sinta confortável com a nova função.
  • Treinamento e suporte: ofereça capacitação e recursos para que o funcionário se sinta preparado e motivado para desempenhar o novo papel.
  • Alternativa profissional: se possível, considere contratar um Content Creator dedicado, reduzindo o impacto sobre as funções existentes e garantindo uma abordagem mais especializada.

Como evitar o fracasso do EGC?

Se a sua empresa deseja apostar no conteúdo gerado por funcionários, aqui estão algumas dicas para maximizar os resultados:

  1. Treinamento de funcionários: capacite sua equipe para que se sintam confiantes e saibam como criar conteúdo de qualidade.
  2. Curadoria e orientação: forneça diretrizes claras para garantir que o conteúdo produzido esteja alinhado com os objetivos e a identidade da marca.
  3. Investimento em profissionais dedicados a função: considere contratar um Content Creator para elevar a qualidade do conteúdo e gerar materiais mais consistentes e eficazes.
  4. Experimentação e ajustes: teste diferentes formatos e tipos de conteúdo para identificar o que mais ressoa com o seu público-alvo.

Conclusão

O conteúdo gerado por funcionários pode ser uma estratégia de diferenciação para marcas que buscam autenticidade e custo-benefício. Contudo, sem o devido planejamento e execução, ele corre o risco de parecer amador e ineficaz.

Ao combinar o EGC com a contratação de Content Creators e um direcionamento claro, as empresas podem criar uma presença digital mais forte e relevante, conquistando tanto a atenção quanto a confiança do público.

Imagem: Pexels


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